segunda-feira, 26 de abril de 2010

A informação audiovisual

Um dos fenômenos propiciados pelo advento das tecnologias da informação foi o aumento drástico da produção e disseminação de vídeos. O custo cada vez mais baixo de câmeras filmadoras, anexadas até mesmo em aparelhos de celular, somado as centenas de programas para criação e edição destas mídias, dentre eles o popular Movie Maker, incluso no pacote Windows, fizeram com que leigos em produções audiovisuais elaborassem verdadeiras maravilhas. Um dos pilares da web 2.0, o Youtube, possibilitou que estes milhões de vídeos, produzidos ou recuperados, estivessem disponíveis a qualquer pessoa do mundo todo, ao custo de alguns cliques.
Em geral quando associamos vídeos e internet, pensamos logo em entretenimento, palhaçadas, futilidades e pornografias. Porém os vídeos apresentam um formato de informação muito poderoso. O audiovisual tem um caráter de informar diretamente, a imagem combinada ao som possibilita um assimilar de idéias que não encontra barreiras.
“Projetada para ser percebida concomitantemente pelos olhos e pelos ouvidos, a mídia audiovisual possibilita o envolvimento de quem a assiste, onde o espectador não necessita recriar uma realidade imaginada. Este envolvimento se desenvolve em paralelo com a sensorialidade que a mídia audiovisual proporciona. Nesse sentido, o movimento é um elemento essencial da mídia audiovisual. Situado no tempo e sendo visualizável no espaço, o movimento vincula o espaço e o tempo, é devido a ele que a fusão do som com a imagem torna-se perfeita.” (VESCE, 2008).
Na era em que os audiovisuais eram exclusivos da televisão, os espectadores estavam em uma posição totalmente passiva em relação ao que era produzido e divulgado. A televisão impunha ideais, conceitos, valores etc... e podia influenciar uma sociedade inteira, na verdade, a televisão ainda tem este poder, é um veículo de informação que ainda é muito utilizado.
Mas o grande diferencial dos vídeos e da web2.0, é que o internauta tem condições de decidir com uma variedade incrivelmente superior a do telespectador.
O uso de vídeos nas salas de aula das escolas e universidades norte americanas e européias não é uma novidade, entretanto nas instituições brasileiras o uso de audiovisual é relativamente recente, “O auto custo dos equipamentos para reprodução de vídeos somado a uma boa dose de preconceito dos educadores Brasileiros na utilização destes meios impossibilitavam a utilização de vídeos nas salas de aulas Brasileiras.” (VERGUEIRO, 1997, p.40). No entanto, esta nova realidade de produção e divulgação do material audiovisual tem propiciado o uso de vídeos no aprendizado. O próprio Youtube possui um canal com vídeos selecionados para a educação, o Youtube Edu.
Além do sempre lembrado Youtube, outros serviços de banco de vídeos com acervos gigantescos estão o Vimeo, o Metacafe e o Dailymotion.



Referências:
 
VERGUEIRO, Waldomiro de Castro Santos. Seleção de materiais de informação : princípios e técnicas. 2.ed. Brasília DF.: Briquet de lemos, 1997.
 
VESCE, Gabriela Possolli. Mídia Audiovisual. sl: Infomídia, 2009. Disponível em: http://www.infoescola.com/contato/ Acesso em 24 abr. 2010.

terça-feira, 20 de abril de 2010

Banco de imagens: a tradução da imagem em palavras

Como já colocado em postagens anteriores neste blog, a imagem é de estrema importância, agindo como uma ilustração do conhecimento. As novas ferramentas da internet, principalmente em função da web 2.0, possibilitam uma quantidade quase infinita variedade de imagens, seja ela com a temática que for.
Porém esta vasta quantidade de imagens tem uma desvantagem, a dificuldade em se encontrar a imagem certa, filtrando os “ruídos”, as centenas de imagens que costumam aparecer, e que não tem nada a ver com o que se está buscando.
O Google imagens, principal ferramenta de busca de imagens utilizada na rede, recupera-as realizando a leitura das palavras da página eletrônica na qual ela está inserida. O que ocorre é que nem sempre acontece uma recuperação satisfatória.
Por tais motivos, serviços que armazenam fotografias e imagens digitais, de um assunto em comum ou não, realizando um sistema de indexação das imagens, com palavras-chave ou tag’s podem ser a solução. São os chamados bancos de imagens. Estes serviços, disponibilizados na rede, normalmente contam com milhares de imagens em seu acervo,por isso seu sucesso está diretamente ligado ao processo de organização deste acervo digital, ou seja, dependem de um bom processo de indexação, elaborado por profissionais da informação, juntamente com a folksonomia, tag’s sugeridas e enviadas pelos próprios internautas.
Esta seria a melhor maneira de transformar imagens em palavras, como coloca Vanda Oliveira: “O Pesquisador de Imagens é um pesquisador de palavras. Quando busca uma imagem deve precisar uma expressão de busca para encontrar a imagem desejada. Quando descreve as imagens atua com as ferramentas da linguagem para denotar e conotar uma determinada imagens. E ainda quando analisa as imagens o faz através da linguagem. No entanto, as pesquisas de imagens quer seja pelo pesquisador ou pelo indexador pressupõem particularidades específicas" (OLIVEIRA, 2004, p.15)
Muitos destes serviços são pagos e relativamente caros, como o Fotosearch e o Dreamstime, mas também há muitos destes serviços operando totalmente gratuito, como o Stock.XCHNG e o Freestock.


Referência:
OLIVEIRA, Vanda de Fátima Fulgêncio de. O Pesquisador de Palavras e o Pesquisador de Imagens: reflexões sobre a organização de bancos de imagens. ETD - Educação Temática Digital. Campinas, SP, v.6, n.1, p.10-22, dez. 2004. Disponível em: e < http://dici.ibict.br/archive/00000231>. Acesso em: 18 abr. 2010.


segunda-feira, 12 de abril de 2010

A imagem como fonte de informação

Seja no aprendizado, no entretenimento, no lazer, por curiosidade, as imagens podem transmitir informações através de idéias, conceitos, sentimentos e estímulos. Estas informações dependem de uma interpretação que normalmente é subjetiva e pessoal. “A imagem é polissêmica por natureza, passível de inúmeros significados. Possui um sentido denotativo representado de modo literal por aquilo que se vê registrado em seu suporte físico, e um sentido conotativo que corresponde à sua polissemia” (RODRIGUES, 2007, p.7).
Certas imagens possuem um caráter informacional tão forte que por si podem revolucionar idéias e ideais, como a fotografia a seguir.


Esta premiada fotografia, nomeada de a menina e o abutre, foi capaz de chamar a atenção do mundo para o problema da escassez de alimento na África.

A informação oriunda das imagens proporciona uma assimilação instantânea, e possui um maior poder de fixação desta informação. É comum esquecermos das idéias que foram aplicadas em um texto, diferente de algumas imagens que nos tenham representado alguma coisa.



Na era pós internet, especialmente em função das ferramentas e serviços derivados da web 2.0, a imagem passou a ter uma presença muito mais constante na leitura de informações. Ela é um complemento da informação escrita, que muitas vezes são um complemento das imagens, muitas vezes dispensados por total, já que muitas imagens falam por si só.






Neste contexto, os bibliotecários devem entender as fotografias e imagens como uma informação. Trata-las de forma a torna-las documentos que serão importante para estudiosos e pesquisadores. “O papel do profissional da informação como mediador entre o documento e o usuário possibilita a reflexão e análise correta do documento fotográfico, e possibilita uma indexação com termos que possam garantir as múltiplas possibilidades de leitura da imagem” (SILVIA, 2008, p.6).

 
Referências:
 
RODRIGUES, Ricardo Crisafulli. Análise e tematização da imagem fotográfica. Ciência da Informação. Brasília, DF. v. 36, n. 3, p. 67-76, set./dez. 2007. Disponível em: http://revista.ibict.br/index.php/ciinf/article/viewFile/1006/737 Acesso em: 08 abr. 2010.
 
SILVA, Rosi Cristina da. O profissional da informação como mediador entre o documento e o usuário: a experiência do acervo fotográfico da fundação Joaquim Nabuco. SL. 2007 Disponível em: http://www.aargs.com.br/cna/anais/rosi_silva.pdf Acesso em: 08 abr. 2010.

domingo, 11 de abril de 2010

Avaliando Blogs

Seguindo a sugestão de avaliação de blogs da postagem anterior, foram selecionados três blogs para verificação da contemplação dos critérios de avaliação:

Blog Museu do Cinema, disponível em: http://museudocinema.blogspot.com/
1. Informações sobre o autor: não apresenta.

2. Visualização: a visualização é boa, apresentando sempre imagens.
3. Periodicidade das postagens: constante.

4. Hiperlinks: muito pouco usado.

5. Linguagem: textos bem escritos, porém, encontra-se erros de digitação.

6. Tendenciosidades: o autor coloca opinião pessoal e informações tendenciosas em suas postagens.

7. Fonte: poderia ser maior.

8. Participação dos internautas: todas as suas postagens recebem bons comentários.

9. Uniformidades de assunto: o blog mantém-se no foco.

10. Referencial teórico: não apresentado.

Blog Na Era da Informação, Disponível em: http://naeradainformacao.blogspot.com/
1. Informações sobre o autor: apresenta, juntamente com uma sucinta descrição acadêmica da autora.

2. Visualização: possui boa visualização.

3. Periodicidade das postagens: inconstante.

4. Hiperlinks: bastante utilizados.

5. Linguagem: textos bem escritos.

6. Tendenciosidades: os texto do blog não apresetam.

7. Fonte: misturas de cores não harmônicas.

8. Participação dos internautas: poucos comentários nas postagens.

9. Uniformidades de assunto: o blog mantém-se no foco.

10. Referencial teórico: não apresentado.

Blog Bibliotecários Sem Fronteiras, disponível em: http://bsf.org.br/
1. Informações sobre o autor: apresenta informações sucintas sobre os autores.

2. Visualização: não possui boa visualização, pois não há uma padronização de apresentação nas postagens.

3. Periodicidade das postagens: inconstante.

4. Hiperlinks: pouco utilizados.

5. Linguagem: textos bem escritos.

6. Tendenciosidades: os texto do blog não apresetam.

7. Fonte: bom tamanho.

8. Participação dos internautas: bastante comentários.

9. Uniformidades de assunto: o blog mantém-se no foco.

10. Referencial teórico: apresenta.

Trata-se de uma avalhação qualitativa, portanto fica difícil quantificar. No entanto é possível colocar que de acordo com estes critérios, o blog melhor avalhado foi o Bibliotecários Sem Fronteiras.